Controle de risco: como ver a saúde de seu portfólio de opções?

Controle de risco: como ver a saúde de seu portfólio de opções?

O controle de risco é um dos principais focos que devemos ter quando estamos falando de negociação de opções. A maioria das pessoas que começam a investir entram no mercado querendo ganhos rápidos, e por isso, é muito comum que abusem de operações especulativas.

Essa exposição demasiada em negociações é conhecida no mercado como overtranding. Na maioria das vezes, a prática traz um retorno muitíssimo negativo para o investidor. No entanto, nem sempre reparamos que estamos entrando nesse ciclo vicioso.

Então, o acompanhamento da exposição é muito importante para evitar que essa condição aconteça. E um dos pilares da Invius é justamente fazer esse controle de exposição ao risco para que você não incorra no erro de extrapolar em operações especulativas.

Com isso em mente, no artigo de hoje, vamos descobrir como identificar a saúde de seu portfólio de opções a partir da análise de exposição e análise das barreiras de preço, e controlar o risco.

O portfólio de opções

No mundo dos investimentos, podemos separar as estratégias em duas classes considerando seu risco e sua possibilidade de retorno: a ganha-ganha e a ganha-perde.

Estratégia ganha-ganha

A primeira envolve duas carteiras (uma de ações e uma de opções). 

Warren Buffett – um dos maiores investidores do mundo – chama essas estratégias assim porque ou você ganha ou você ganha, independente do cenário. 

Nelas, existe uma forte movimentação entre as carteiras. Então, se sua operação com opções for exercida, você ainda terá as ações na carteira, mas se não for, você receberá taxas.

Ou seja, não há possibilidade de risco permanente nas opções, pois esse risco é transferido para ações. Caso você trabalhe com boas empresas, a sua probabilidade de perda é baixíssima.

As estratégias ganha-ganha podem ser: lançamento sintético com opções OTM, lançamento coberto também com opções OTM, Jade Lizard e Strangle coberto.

Estratégia ganha-perde

Agora, as estratégias ganha-perde não tem uma migração de fluxo de caixa entre as carteiras. São elas: Iron Condor, Stradle, trava de alta com opções ATM, Spread de Calendário, entre outras.

O capital fica tão somente na carteira de opções, porém, se a operação der errado, você pode assumir uma perda permanente.

Mas isso não significa que são estratégias ruins ou que você não devia fazer, pelo o contrário, o mais importante é o balanceamento da sua carteira. 

Leia também: Moneyness: Entenda O Que São Opções ITM, OTM E ATM

Estrutura da carteira balanceada

Se você souber equilibrar os dois tipos de estratégia, pode ter ótimos retornos no longo prazo, e sua carteira terá um bom controle de risco.

Para montar uma estrutura balanceada, é preciso olhar para 3 fatores:

  • Risco permanente
  • Resultados da carteira de opções
  • Expectativa de resultados para sua operação 

É muito comum confundirmos perda temporária com perda permanente. No entanto, eles têm uma diferença que pode mudar completamente o seu jeito de olhar sua rentabilidade. 

Explico… A perda temporária é aquela que é passível de reversão. Por exemplo, se uma ação que você tem na carteira cair, você estará com uma perda temporária, já que ela pode voltar a subir. Porém, se você vender essa ação com um preço menor do que comprou, você estará assumindo uma perda permanente.

Fez sentido?

O mesmo conceito vale para as estratégias com opções. Em algumas delas, estaremos assumindo um risco de perda permanente, em outras, somente o risco de uma perda temporária.

É justamente pensando nesses riscos que entra a análise de exposição.

Análise de exposição

Com essa análise, você conseguirá balancear a carteira de forma mais simples e certeira, e será mais fácil fazer o controle de risco das suas operações. 

O ideal é ter uma planilha organizada com todas as operações que você montou e ir alimentando ela conforme novas movimentações forem surgindo.

Essa planilha vai te mostrar como está a exposição ao risco de perda permanente da sua carteira.

Para isso, monte abas separadas para a carteira de ações e a carteira de opções e indique quais são suas ações transitórias – ou seja, aquelas que você aceitaria ficar movimentando em opções.

Além disso, sua planilha deve conter informações como o tipo de estratégia – seja de renda, direcional ou de volatilidade -, o risco e o ganho máximo que sua operação pode gerar, e o tempo de duração.

Sugiro que assista ao vídeo abaixo, em que mostro como faço a análise de exposição da minha carteira.

A partir de seu nível de exposição ao risco e seu resultado esperado, você consegue determinar quais os tipos de estratégias você precisa montar para que consiga ter um resultado expressivo no longo prazo.

Após isso, para determinar qual o melhor momento da estratégia, precisamos analisar as barreiras de preço para ações e vencimentos. Veja só:

Análise das barreiras de preço

As barreiras de preço são as regiões em que o mercado encontra algum tipo de impedimento para aquele ativo – causando uma tendência de movimentação de alta ou de baixa.

Você consegue determinar essas barreiras de diferentes formas: análise de gráfico, de fluxo, de exposição de gama ou de desvio.

Análise gráfica

Na análise de gráfico, chamamos essas barreiras de pontos de pressão. Por meio de um gráfico de determinado período de tempo, é possível identificar com clareza a máxima e a mínima do ativo, e observar a tendência do mercado em determinados níveis de preço.

Análise de fluxo

Trata-se de uma metodologia em que o investidor acompanha as movimentações do mercado em tempo real, examinando o fluxo de ordens do mercado e a quantidade de ativos negociados. 

Basicamente, é a análise da oferta e demanda para determinado ativo em um curtíssimo período de tempo. Muito usada por investidores de day trade.

Análise de exposição de gama

Muito utilizada no mercado americano, a exposição de gama (GEX) basicamente avalia a liquidez das opções. 

De forma geral, nessa análise, os investidores avaliam os movimentos das instituições e dos market makers no mercado. 

Por exemplo, se o ativo estiver caindo, e a posição for ficando cada vez mais negativa, é provável que as instituições entrem no mercado tradicional comprando a ação e segurando o preço. 

No Brasil, esse método não funciona tão bem porque o maior número de instituições está nas opções de balcão, então esse número não é tão transparente. Em contrapartida, nos Estados Unidos não há mercado de balcão, portanto, para eles, avaliar a exposição de gama é muito interessante.

Leia também: Investir Nos Estados Unidos Ou No Brasil? Saiba Qual É A Melhor Opção!

Análise de desvio

Por último, mas não menos importante, temos a análise de desvios. Se você acompanha a Invius, sabe que esse é o meu método preferido. 

Nele, usamos o desvio padrão do ativo – uma medida estatística calculada pela média do histórico de preço. Assim, é possível ver quais os níveis que têm baixa probabilidade de o preço ficar.

Isso aumenta muito a probabilidade de ganho e de retorno até para as operações de ganhos exponenciais. 

Em 2022, fizemos 22 operações direcionais usando análise de desvio com 60% de acerto e mais de 800% de ganho – importante avisar, no entanto, que por conta do tamanho do risco alocamos com muito menos capital nessas operações.

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Independentemente da análise que você escolher seguir, tê-la em dia é super importante para um resultado positivo no longo prazo. 

E seguindo essas dicas, você também terá um bom controle de risco em suas operações.

Para mais conteúdos como esse, conheça nosso canal no YouTube, temos diversos vídeos gratuitos sobre o mercado de ações e opções que podem te ajudar a organizar seus investimentos.

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