Como montar uma carteira de longo prazo com opções

Como sempre gosto de comentar, o mercado de opções é uma ótima ferramenta para quem quer potencializar os ganhos da sua carteira de investimentos.

Nós falamos bastante por aqui do potencial de geração de renda que as estratégias com opções têm.

Mas hoje eu quero fazer um pouco diferente.

Hoje eu vou falar sobre como você pode usar esse mercado para montar a sua carteira pensando no médio e longo prazo.

Teses de Investimentos: como você aborda a sua carteira

A carteira de investimentos de uma pessoa representa muito o perfil de investidor e a tese de investimento que aquela pessoa segue.

Algumas pessoas, por exemplo, gostam de arriscar um pouco mais e acabam abrindo mão do médio e longo prazo em troca de ganhos mais expressivos no curto prazo.

Porém, a tese que seguimos por aqui é focada no médio e longo prazo por dois motivos:

  • nosso objetivo é, no longo prazo, montar uma carteira com boas empresas a bons preços
  • aproveitamos os juros compostos para potencializar os nossos ganhos

Com isso, garantimos a construção de um patrimônio sólido que nos permita viver de renda passiva no futuro ou mesmo diversificar os nossos investimentos se assim quisermos.

É importante que você identifique e determine qual é a sua tese de investimento para conseguir escolher quais ativos você deve colocar na sua carteira.

Tipos de empresas: quais ativos escolher

Existem basicamente três tipos de empresas: empresas de growth, empresas de valor e empresas de dividendos.

As empresas de growth são aquelas que possuam um potencial de crescimento muito grande, como foi o caso da Amazon e da Apple no passado.

Porém, justamente por serem empresas com grande risco de não darem certo (apesar dos nossos exemplos serem de empresas que deram super certo), dizemos que elas fazem parte de um perfil mais arriscado de investimento.

As empresas de valor são aquelas que ainda apresentam um potencial de crescimento expressivo, mas já estão consolidadas no mercado.

É o caso da WEGE3 no mercado brasileiro e da Microsoft no mercado americano.

Por fim, as empresas de dividendos são aquelas que, como o nome diz, pagam dividendos de forma constante e crescente há vários anos consecutivos.

Meu objetivo aqui não é falar qual das empresas você deve escolher para a sua carteira.

Como eu já comentei, esse é um assunto muito individual, que vai muito do seu momento de mercado, capital, objetivos, etc.

Mas, como uma pessoa com mais de uma década de experiência no mercado, tem algumas dicas que eu gosto de deixar para que você não entre em uma enrascada e acabe perdendo seu dinheiro.

Dicas para montar a sua carteira

A primeira dica é: sempre analise a empresa antes de colocá-la na sua carteira.

Não importa em qual das três categorias acima ela se encontre, sempre faça uma análise dos seus principais indicadores.

A segunda dica que eu deixo aqui parece meio contraintuitiva, mas todos os maiores investidores do mercado a utilizam: “compre ao som dos canhões e venda ao som dos violinos”.

Em resumo, compre um bom ativo quando o mercado está averso ao risco (ou seja, quando ele está abaixo do seu preço justo) e venda quando ele está otimista.

Vou deixar AQUI um artigo no qual eu explico como funciona os ciclos de mercado e porque faz todo o sentido você seguir essa máxima.

Por fim, a terceira dica é uma recomendação pessoal: evite alocar a maior parte do seu capital em empresas de growth.

Apesar do seu grande potencial de crescimento, muitas delas dão errada para que algumas deem certo.

Por isso, opte por colocar no máximo 10% do seu capital nesse tipo de empresa.

Como utilizar as opções para potencializar a sua carteira

Uma vez que definimos qual o objetivo da nossa carteira e o que visamos obter no médio e longo prazo, podemos utilizar as estratégias com opções para nos ajudar nesse processo.

Como eu disse no começo desse artigo, o nosso objetivo é garantir que a nossa carteira tenha boas empresas, com um bom custo, aproveitando o efeito dos juros compostos para exponencializar nossos ganhos.

As estratégias mais clássicas que utilizamos são a venda de PUT e venda de CALL.

Na venda de PUT, recebemos uma taxa do mercado para ter que comprar um ativo a um determinado preço caso o mercado caia.

Dessa forma, buscamos gerar renda com o mercado e de quebra, terminar com uma boa empresa na nossa carteira.

Na venda de CALL, aproveitamos um ativo que temos em carteira (ou queremos adquirir) para gerar renda.

Claro que, como toda estratégia, existe um risco ao executar essa operação (no caso da venda de CALL, perder o ativo).

Mas existem outras estratégias que nos ajudam a proteger o nosso lançamento coberto, mitigando esse risco enquanto recebemos taxa do mercado.

No final, conseguimos utilizar o mercado para obter bons ativos a bons preços, e ainda rentabilizar a nossa carteira.

E essas são só as estratégias mais básicas com opções.

Existem algumas estratégias mais avançadas, como Iron Condor, Broken Wing Butterfly, que nos permitem acelerar ainda mais esses ganhos.

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