Vale a pena investir em CDB? Entenda o cenário econômico atual!

A diversificação de investimentos é primordial para garantir uma boa rentabilidade de suas aplicações e, principalmente, para fracionar os seus riscos. Nesse sentido, investir em CDB é uma saída para muitas pessoas que desejam diversificar o seu capital com segurança e retorno financeiro.

Entretanto, notamos que, recentemente, os ativos de renda fixa sofreram profundos cortes em suas rentabilidades. Nesse cenário, será que ainda vale a pena investir em títulos, como o CDB?

Sobre isso é que trataremos neste artigo. Então, continue a leitura e veja se ainda vale a pena investir em CDB. Confira!

O que é o CDB?

CDB é a sigla utilizada para o termo Certificado de Depósito Bancário. Basicamente, ele é um título emitido por bancos públicos e privados, bem como por corretoras de valores mobiliários. Ele se popularizou muito no Brasil pela sua boa rentabilidade, porém, a característica mais marcante dessa modalidade de aplicação é a segurança.

Trata-se de um dos ativos financeiros mais seguros e estáveis do mercado. Além disso, ele também conta com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Esse é um elemento que protege o seu capital no limite de R$ 250.000,00 por CPF e título caso a instituição financeira que emitiu o título venha a quebrar e não consiga honrar com os seus compromissos para com os investidores.

Como é calculada a sua rentabilidade?

A rentabilidade de um CDB é obtida de duas formas. Primeiro, existe o CDB prefixado. Nesse caso, o investidor conhece a rentabilidade do ativo no momento em que ele faz a aplicação. Assim, independentemente do cenário que o país enfrenta e do percentual de inflação ou de outros indexadores, a sua rentabilidade permanecerá intacta.

Por outro lado, existe o CDB pós-fixado. Nesse caso, há uma vinculação da rentabilidade da sua aplicação com algum indicador do mercado financeiro. Por exemplo, existem aqueles que são atrelados ao CDI. Nesse caso, a instituição paga um percentual desse indexador.

Ou seja, ela pode determinar que a rentabilidade será de 95% do CDI. Logo, se o indexador estiver em 5%, o seu percentual de retorno será de 4,75% ao ano. Além dessas duas modalidades, também existe o CDB híbrido. Nesse caso, ele acompanha as variações do IPCA, que é considerado o indicador que mede a inflação no Brasil.

Assim, o investidor terá uma taxa de juros prefixada, ou seja, que não se altera com as flutuações do mercado, e mais uma vinculada à inflação. Imagine, por exemplo, que o IPCA fechou em 4,5% em determinado período e o banco que você escolheu para contratar um CDB paga 5% + IPCA.

Nesse cenário, a sua rentabilidade nesse período será de 9% ao ano. O mais interessante dessa modalidade é que o investidor evita que o seu ativo tenha uma remuneração inferior à própria inflação, garantindo a atualização dos valores ao longo dos anos.

Quais são as vantagens de investir em CDB?

Agora, discorreremos um pouco mais sobre as vantagens de se investir em um CDB. Continue lendo!

Liquidez diária

Uma das maiores vantagens é a liquidez diária. Basicamente, ela pressupõe que você pode retirar o seu dinheiro aplicado em qualquer momento. Entretanto, tenha atenção a esse ponto. Existem CDBs que exigem um período de aplicação mínimo. Isso é informado de forma muito clara para o investidor no momento da aquisição do ativo.

Facilidade de investimento

Outra vantagem é a facilidade que existe em investir em CDB. Esse ativo é fornecido por várias instituições e muitas delas permitem que o investimento seja feito com valores realmente muito pequenos. Há casos em que os montantes depositados na conta já são automaticamente atribuídos a um CDB de liquidez imediata.

Rentabilidade e segurança

Por fim, também temos as questões da rentabilidade diversificada e da segurança existente nesse tipo de ativo, sobre as quais já discorremos com detalhes em tópicos anteriores.

Como o CDB funciona?

O CDB é um ativo de renda fixa que pode ser comercializado pelo setor bancário público e privado. Quando uma instituição desse tipo vende um CDB, ela está, basicamente, captando recursos para fomentar as suas próprias atividades. Nesse sentido, ao adquirir um título desse, você, de certa forma, “emprestará” o seu dinheiro para o banco.

Assim, a instituição utiliza esses valores para oferecer produtos financeiros aos seus clientes, como empréstimos e financiamentos dos mais variados tipos. Como contrapartida, portanto, o banco remunera o investidor com um percentual de juros.

Nesse sentido, você deve entender o CDB como um “empréstimo ao contrário”. Em vez de pegar um valor emprestado com um banco, é a instituição que pega um empréstimo com você e remunera o seu valor com base na taxa de juros selecionada.

Vale a pena investir em CDB?

Depois de ler todo este conteúdo sobre esse ativo, uma dúvida paira no ar: “Afinal, vale a pena investir em CDB?”. Para responder a essa pergunta, é importante avaliar o cenário econômico nacional. O nosso país está passando por um grandioso processo de reformulação financeira para atração de investimentos. Com isso, foi necessário reduzir drasticamente a taxa de juros básica da economia, a famosa SELIC.

Esse corte, que chegou a patamares históricos, como o de 2% ao ano, tem impacto direto em todos os ativos de renda fixa. Entretanto, para diminuírem um pouco o reflexo dessa queda, os bancos estão oferecendo percentuais maiores sobre a rentabilidade do CDI, por exemplo. Existem instituições que oferecem até mesmo 130% desse indicador.

No entanto, outro ponto que precisa ser observado é que esse percentual baixo da SELIC é insustentável para um país que necessita de investimentos, como o Brasil. Assim, a expectativa é de que, nos próximos anos, ela comece a subir e chegue a patamares de 5% a 6%, até que se estabilize.

Entretanto, mesmo com a SELIC em patamares tão inferiores, o CDB sempre será um investimento melhor que a poupança, por exemplo. Ele também disputa o espaço com outros ativos de renda fixa, como as Letras de Crédito do Agronegócio e Imobiliário (LCA e LCI).

Elas também proporcionam rentabilidades interessantes, e o grande diferencial é que a disponibilidade não é tão alta quanto nos CDBs. Além disso, nesses casos, é possível que haja exigências mínimas de aportes com valores superiores aos que são possíveis no CDB.

Por fim, nós podemos concluir que, mesmo com uma taxa de juros tão pequena, ainda vale a pena investir em CDB. Afinal, ele é uma excelente opção de diversificação de investimentos, proporcionando segurança e boa rentabilidade. Além disso, também contamos com a possibilidade de esse percentual de retorno aumentar com o passar do tempo.

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