Empresas de dividendos ou de crescimento: em qual investir?

É melhor investir em empresas que sejam pagadoras de dividendos ou empresas de crescimento?

Essa é uma questão que surge bastante e varia muito de perfil, dependendo do que a pessoa busca para sua carteira.

Nas últimas semanas, temos feito muitas sessões de diagnóstico, onde as pessoas mandam suas carteiras para análise, de acordo com o perfil e o posicionamento que têm.

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Um ponto importante é que muita gente tem um capital menor e prefere trabalhar com empresas de crescimento, tomando mais risco para aumentar o patrimônio.

Empresas de crescimento

Uma empresa de crescimento é basicamente aquela que tem lucro, mas o retorno sobre o capital investido é muito superior ao custo médio ponderado de capital.

Assim, em vez de distribuir dividendos, a empresa reinveste para continuar crescendo.

Um exemplo disso no mercado brasileiro é a PRIO.

O lucro líquido da PRIO está subindo muito, com um retorno sobre o capital investido de 25%, bem acima do custo de capital.

Por isso, ela não distribui dividendos.

Agora, o problema é que muitas pessoas querem crescer seu patrimônio e, no futuro, ter uma carteira geradora de renda para obter segurança financeira.

Segurança financeira é ter uma fonte de renda passiva que cubra todos os seus custos, proporcionando liberdade de escolha.

Contudo, ao investir em empresas de crescimento, você não sabe se no futuro elas vão pagar dividendos.

Muitas vezes, será preciso reestruturar a carteira, vendendo essas empresas e comprando outras, e isso pode gerar imposto sobre ganho de capital.

Empresas de dividendos

Por outro lado, temos as empresas pagadoras de dividendos, que distribuem parte do lucro aos acionistas.

No entanto, o pagamento de dividendos pode ser corroído pela inflação ao longo do tempo, como acontece com a Taesa, que paga praticamente o mesmo dividendo há 10 anos.

Uma estratégia interessante para empresas consolidadas é a recompra de ações, que reduz o número de ações em circulação, aumentando o lucro por ação e os dividendos.

Um exemplo disso é a Altria Group nos Estados Unidos, que tem um lucro estável e recompra ações, o que aumenta seus dividendos anualmente.

Nos Estados Unidos, há também as empresas de crescimento de dividendos, como a Broadcom, que cresce consistentemente e aumenta os dividendos ano após ano.

No Brasil, temos o Banco do Brasil, que está crescendo e aumentando os dividendos progressivamente, apesar de não focar tanto na recompra de ações.

Outra empresa brasileira que combina crescimento e dividendos é a LEVE3.

Um exemplo interessante é a Microsoft, que cresce em média 30% ao ano, recompra ações e aumenta dividendos na casa dos 10 a 12% ao ano.

Embora o yield da Microsoft seja de cerca de 1%, o crescimento do lucro por ação faz com que esse dividendo se torne maior ao longo do tempo, proporcionando um rendimento crescente.

Conclusões

Em resumo, temos as empresas puramente de crescimento e as que pagam dividendos.

Acho que é importante equilibrar os dois tipos, considerando seus objetivos.

Uma carteira que combina empresas de crescimento com pagamento de dividendos pode trazer um efeito progressivo de aumento de rendimento ao longo do tempo.

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