Analisando uma carteira de investimentos de mais de R$1 milhão
Hoje, vamos analisar uma carteira de investimentos de pouco mais de R$1 milhão.
O objetivo dessa análise é entender os pontos fracos e identificar oportunidades de melhorias na estruturação da carteira.
É claro que essa estruturação depende dos objetivos do investidor, levando em conta:
- Objetivos de curto, médio e longo prazo
- Idade
- Renda
- Reserva de emergência
Logo, o primeiro ponto é entender qual é o perfil de investidor.
Perfil
Esta carteira pertence a um investidor que possui um portfólio de pouco mais de R$ 824.220 no Brasil, 52 anos e deseja desacelerar o ritmo de trabalho.
Atualmente, ele trabalha mais de 12 horas por dia e quer segurança financeira, o que significa ter uma fonte de renda passiva que cubra seus custos de vida.
Ele quer se preparar para se aposentar ou pelo menos reduzir o ritmo nos próximos três anos.
Com um custo de vida relativamente baixo e um bom capital, a forma de alocar a carteira será diferente de alguém mais jovem que busca crescimento de patrimônio.
Carteira de investimentos do mercado brasileiro
Na carteira brasileira, temos R$ 824.000 com uma rentabilidade de pouco mais de 20% em dois anos, o que consideramos muito baixo.
Claro que devemos levar em conta o cenário pós pandemia, quando tivemos uma lateralização expressiva do mercado.
A carteira é composta por 84% em ações, 14,68% em renda fixa e fundos imobiliários.
As ações representam 21,42% da rentabilidade, com uma diversificação expressiva de 21 ativos.
Para a maioria dos investidores, recomendo entre 7 a 15 ativos para facilitar o acompanhamento das empresas.
As ações puxam a rentabilidade média da carteira de investimentos para 21,42%, tendo uma rentabilidade própria de 25,34%.
Existe ainda um outro ponto interessante sobre essas ações: elas foram compradas, em média, 27,51% abaixo do seu preço justo.
Podemos notar também uma excelente diversificação de ativos, sendo que a maior parte do capital está no setor de energia elétrica e bancos, alinhado com o objetivo do cliente em gerar renda passiva.
No entanto, 18,1% das ações são de empresas em turnaround, o que pode não ser adequado para quem busca segurança financeira.
Além disso, muitos dos fundos imobiliários são de qualidade mediana, o que aumenta o risco de crédito.
Tem um capital investido de mais de R$500 mil ou uma capacidade de aporte mensal de R$10 mil?
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AGENDAR SESSÃOCarteira de investimentos do mercado americano
No mercado americano, em torno de 80% da carteira de ações está em boas empresas abaixo do preço justo, focando em crescimento.
Para alcançar a meta de desaceleração em três a quatro anos, seria interessante migrar parte do capital para empresas de crescimento de dividendos, que aumentam seus dividendos consecutivamente e podem garantir uma fonte de renda passiva estável.
Além disso, investir nos EUA traz a vantagem do indexador dólar.
Mesmo com dividendos menores que no Brasil, a valorização do dólar compensa.
Por exemplo, se o dólar valorizar 8,3% ao ano e uma ação paga 5% de dividendos, o retorno total pode ser muito atrativo.
A ideia é migrar uma parte significativa do capital para empresas de dividendos, garantindo a segurança financeira.
Ainda assim, manter uma parcela em empresas de crescimento ajuda no crescimento geral da carteira.
Uma diversificação de ações reduz o risco e aumenta o retorno potencial.
O cliente também utiliza opções para potencializar os ganhos e gerar uma terceira fonte de renda, além dos dividendos e valorização das ações.
Esse é o plano de ajuste que vamos implementar ao longo do ano, diminuindo a quantidade de ativos para facilitar o acompanhamento e, consequentemente, maximizar o retorno da carteira.